A NOSSA ALIMENTAÇÃO DURANTE A QUARENTENA

Praticar atividade física, manter um padrão de sono regular, assegurar uma ingestão hídrica adequada e manter uma alimentação equilibrada e diversificada, com um aporte suficiente de vitaminas e minerais, contribui para garantir o normal funcionamento do sistema imunitário. Como este tempo de confinamento em casa é um tempo muito sedentário, torna-se necessário adaptar o valor calórico ingerido à diminuição do gasto energético diário, isto é, ingerir menos calorias face à diminuição das calorias gastas pelas nossas atividades diárias.
Devemos, aliás, aproveitar este período de quarentena para melhorar a nossa alimentação diária. De facto, com mais tempo e disponibilidade para cozinhar, podemos optar por alimentos menos processados. Por exemplo, os batidos e as barras proteicas, sempre úteis e convenientes, podem nesta fase ser substituídos por ovos mexidos, panquecas, papas de aveia ou sandes mais elaboradas.
É sabido que mesmo que exista uma redução do volume e intensidade de treino, é importante manter a ingestão proteica de modo a manter a massa muscular e o apetite estabilizado.
É também expectável que se fique demasiado tempo no sofá a ver televisão, o que inevitavelmente leva à vontade de “petiscar”. Agora, mais do que em qualquer outra altura, seria importante que não entrem em casa alimentos altamente calóricos que possam levar a um consumo compulsivo, tal como bolachas, biscoitos, batatas fritas de pacote, frutos gordos (como os amendoins), bombons e afins. Em alternativa, podemos comer fruta, iogurtes magros sem açúcar (mas de sabores, não precisam ser naturais), gelatinas light, barras proteicas com pouca gordura, tremoços, pipocas sem óleo, sorvetes de água e fruta ou gelados em miniatura.
Pode também ter-se mais cuidado com a quantidade de hidratos de carbono, caso se diminua substancialmente o volume de exercício físico, mas ainda mais importante é que se diminua, tanto quanto possível, a quantidade de gordura em fritos, manteiga, molhos, enchidos, dado que são alimentos com elevado valor calórico e pouco potencial saciante.
                               adaptado de texto publicado no Público, 19/3/2020