Uma floresce
Outra desvanece,
Uma cresce
Outra envelhece,
E tudo se esquece.
Ninguém escapa a esta quadra mirabolante,
Irreversível e constante,
Tão puro como diamante,
Um ciclo possante.
Flores novas e perscrutadoras,
Transbordam de emoção
Já brotam com um presságio
De que um dia partirão.
Há quem diga que é o destino,
Outros uma metamorfização,
Mas nada passa de uma simples transformação.
Quem saiba em rosas, ou em pó.
Mas são felizes porque não pediram coisa nenhuma,
Não desejaram senão estar ao Sol e à chuva,
Sentir o calor, a brisa e a água,
E não ir mais longe.
A sua imaginação fértil e harmoniosa
Voa com asas delgadas e sem peso,
Cuja espessura é a dimensão mais rasa,
E por todas as grandezas corta.
Observa desde o Sol até às estrelas,
Onde deseja estar e ficar.
A beleza fica para quem a vê,
Dentro do universo do seu pensamento,
Que um dia também se destrói,
Com a poderosa força do vento.
Tiago Ribas (10º3)
FLOR (3º lugar)
Enviado por biblioteca em Seg., 15/05/2023 - 15:08